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Investimentos, Juros, Política
“A Hora da Verdade”
26 de novembro de 2015 at 18:18 0

A Hora da Verdade Baseados nos últimos eventos, como a alta da inflação, a queda do PIB, a dívida pública, a expectativa de queda do Investment Grade, os juros do FED, a Selic e agora as dificuldades na conjuntura política para aprovar os ajustes, o mercado acredita que a recessão deverá se aprofundar no primeiro trimestre de 2016 e chamam este momento de “A Hora da Verdade”.

Por tudo isso e pela sazonalidade de final de ano, onde o 13º aquece a economia das vendas no varejo, acredita-se que no primeiro trimestre de 2016 a inadimplência deverá aumentar significativamente, com squeeze de liquidez de crédito.

Ontem a taxa Selic foi mantida pelo Copom em 14,25%, apesar da decisão não ter sido unânime. Dois diretores votaram 14,75%. Mas parece, pelo texto divulgado, que ela não se manterá por um período prolongado e o mercado poderá voltar a precificar mudanças nos juros, no curto prazo. Sem dúvida isso nos mostra que há uma mobilização para a contenção dos ajustes de preços.

Acho que o que acabou prevalecendo e que poderá dar continuidade à manutenção dos juros será a queda da atividade econômica como um todo.

A sensação da população sobre a economia neste primeiro trimestre, onde despesas de final de ano e as de início, como as escolares, impostos dos automóveis e outros pesam mais, foram refletidas pela Anbima para definir a preocupante previsão. O endividamento das empresas e aumento do desemprego também colaboram muito para a insegurança.

Mas o cenário é importante para as ações políticas e do Banco Central, no que diz respeito aos preços. Se o bem-estar da população piora, a pressão será enorme para que atitudes sejam tomadas mais rapidamente, pois estaremos diante de um impasse. Nos resta essa esperança de não precisarmos chegar ao fundo do poço para voltar a crescer.

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Bolsa, Investimentos, Juros, Política
O endividamento das empresas
29 de setembro de 2015 at 13:12 0

endividamento das empresas

As empresas brasileiras estão vivendo um momento extremamente delicado. O endividamento está chegando a níveis insustentáveis. Isso quer dizer que não conseguem manter o fluxo de caixa – a saída de dinheiro está bem maior do que a entrada.

Segundo matéria que li no Valor, uma das agências de risco que faz as análises do grau de investimento dos países, a Fitch, calcula que a alavancagem média das empresas brasileiras deve fechar o ano em 4,5 vezes. E isso coloca em estado de alerta máximo todo o mercado financeiro, desde os analistas aos investidores. Para alguns outros pesquisadores, o endividamento x o lucro das empresas já está em 5 vezes. Ou seja: as empresas devem 5 vezes mais do que estão lucrando. O risco de insolvência das empresas que estão neste nível de endividamento é muito grande. A desvalorização do Real, em 12 meses, já chegou a 70%. Isso significa que as empresas que tem dívidas em moeda estrangeira está com a capacidade de 1/3 do pagamento dessas dívidas. Isso gera a incerteza do mercado que para de investir nas empresas brasileiras. É uma bola de neve que não para de crescer, com os juros e o dólar em disparada e a possibilidade da perda real do grau de investimento pelas outras agências. O governo precisa encontrar uma saída urgente, além dos ajustes fiscais, o corte de gastos e, quem sabe, a venda de ativos, para controlar esse cenário antes que ele fique pior. Os números de desemprego assustam. Os empresários e as famílias brasileiras estão todos no mesmo barco da crise política e econômica pela qual estamos passando. Vender os ativos, com preços atrativos (pelo fato da valorização do dólar), pode ser uma saída inevitável para atrair novamente os investidores estrangeiros e voltarmos a crescer.
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