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Política

Finanças, Investimentos, Política
A expansão do crédito no Brasil e as consequências
28 de agosto de 2015 at 17:07 0

post_blogdosaulA expansão muito acelerada do crédito no Brasil nos últimos 10 anos, contribuiu para aumentar o consumo pelas famílias brasileiras. Essa expansão alavancou o acesso ao consumo por uma camada da população muito representativa, hoje chamada “Nova Classe Média”.

Demandas para diminuir os déficits habitacional, universitário, de transporte e logística foram responsáveis pelo crescimento do acesso ao crédito no Brasil. Entretanto a estabilidade econômica conquistada nesses anos, razão deste crescimento de consumo, me faz acreditar que fomos muito mais rápidos do que seria suportável e sustentável, obrigando o país a colocar um freio e controlar melhor a disponibilidade do crédito para a população.

A previsibilidade da situação econômica, a inflação e as contas públicas sob controle que foram frutos de uma reformulação da economia brasileira no final dos anos 90, além do estímulo causado pela economia mundial positiva, abriram a possibilidade da expansão do sistema financeiro a partir dos anos 2000.

Neste artigo, vou tratar de analisar a situação do mercado imobiliário. Os bancos trabalharam muito para a expansão do crédito imobiliário e a população de baixa renda teve especial atenção nesse cenário. Nos anos de 2002, 2004 e 2006 foram tomadas medidas que permitiram o crescimento do setor enquanto os juros caíam. A estabilidade econômica das pessoas garantia aos bancos a confiança para alongarem o prazo dos seus empréstimos, facilitando bastante a compra de um imóvel.

Em 2009, o governo lançou o programa MCMV (Minha Casa, Minha Vida), com metas ousadas e deu subsídios às moradias populares que chegavam a 95% do valor do imóvel na faixa de renda mais baixa, para quem aderisse ao programa. Um impulso ainda maior à demanda.

Hoje, pelas restrições fiscais enfrentadas pela União, podemos observar um maior contingenciamento do governo, inclusive o adiamento da fase 3 do programa MCMV.

Recentemente foi aprovado na Câmara dos Deputados um projeto de lei que aumenta a remuneração do FGTS, o que fatalmente aumentará o custo do funding para o segmento e, consequentemente, restringirá a demanda. Essas políticas não foram boas, teremos muitos desafios à frente. Repetindo a história, essa crise afetará a construção civil, diminuindo também as vendas de insumos a níveis insustentáveis. O mais provável é que as incorporadoras financiem seus empreendimentos diretamente aos consumidores e desacelerem novos lançamentos.

Todo gestor de investimentos sabe que corre risco em qualquer transação. É importante estar atento às boas oportunidades dentro de um cenário que parece caótico, pois elas existem. A atenção, o conhecimento da história do mercado financeiro e a disciplina são fundamentais neste cenário. A volatilidade do mercado acionário deve ser acompanhada com cautela, para não cairmos em tentação, sem termos a real avaliação do risco.

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Finanças, Investimentos, Política
O trabalhador e as mudanças no Fundo de Garantia
20 de agosto de 2015 at 17:47 0

FGTS

Como a mudança na correção do FGTS pode influenciar o mercado e a população?

Criado em 1966, o Fundo de Garantia pelo Tempo de Serviço, o FGTS, é um fundo de recursos financiado pelos empregadores,  com o objetivo de forçar a formação de uma poupança para caso de demissão sem justa causa. Inicialmente, o FGTS existia apenas como garantia em caso de desemprego, mas, com o tempo, acabou se tornando também uma alternativa de poupança que pode ser usada para aquisição da casa própria ou como respaldo em caso de doença grave. A mudança nas regras de remuneração do FGTS, aprovada na última terça-feira, 18, em votação simbólica na Câmara dos Deputados, terá impacto direto nas contas públicas e na vida prática dos brasileiros, caso seja aprovada também no Senado. Atualmente, os rendimentos do FGTS correspondem a 3% mais a Taxa Referencial – TR. Com a nova proposta, o Fundo de Garantia passaria a render cerca de 6% mais a TR. Esse aumento nos rendimentos, caso a medida seja aprovada, acontecerá de forma gradual e progressiva a partir de 1º de janeiro de 2016, mas seus efeitos já deverão ser sentidos desde já, pois é o sinal de uma tendência de mudança expressiva. O FGTS sempre foi uma das principais medidas de proteção ao trabalhador, mas, por outro lado, enquanto ficam rendendo, seus recursos financiam obras e projetos governamentais que visam ao aumento da qualidade de vida da população, principalmente no que diz respeito à infraestrutura, saneamento básico e programas habitacionais, dentre outros. Remunerar melhor essa “poupança” é uma medida positiva, cujo efeito será melhor sentido quando o trabalhador vier a sacar o recurso. Entretanto, é preciso analisar com cuidado o impacto que essas mudanças têm na compra de um imóvel. Hoje, o FGTS é utilizado principalmente para viabilizar a construção de moradias de interesse social, especialmente as do Programa Minha Casa Minha Vida, em que os beneficiários são brasileiros que recebem até quatro salários mínimos por mês e constituem, também, a maioria dos cotistas do fundo. Aumentar os rendimentos aumenta também o custo de financiamento, tanto para os empresários da construção civil quanto para os compradores de imóveis financiados, o que pode tornar a compra do imóvel inacessível para uma parcela relevante da população de baixa renda. Essa medida impacta negativamente todo o segmento de imóveis nessa faixa de renda, dificultando o acesso à casa própria para uma parcela da população que depende dos  recursos do FGTS para isso. A terceira etapa do Programa Minha Casa Minha Vida, por exemplo, pode ser inviabilizada e aumentar ainda mais o déficit habitacional nesse segmento da população. Além disso, o FGTS pode perder a função social que lhe foi atribuída desde a sua criação e se transformar em um fundo financeiro comum, diminuindo sua possibilidade de financiar obras de interesse coletivo que contam com esses recursos para serem iniciadas ou concluídas. Há ainda outros projetos de lei tramitando no Congresso que podem proporcionar maior controle dos trabalhadores sobre os recursos do FGTS que também deveriam entrar nesse debate, já que ele trata de alterar as regras vigentes. Precisamos debater essa questão de uma maneira pragmática, sem a interferência de paixões políticas. Todos os brasileiros  contam com o Fundo de Garantia. Vamos acompanhar os debates, agora no Senado Federal.
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Câmbio, Investimentos, Política
Boom dos imóveis comerciais gera apreensão
18 de agosto de 2015 at 15:25 0
Com alta do dólar, investir em imóveis no Brasil virou uma boa pedida.

Com alta do dólar, investir em imóveis no Brasil virou uma boa pedida

Este foi o título da matéria do The Wall Street Journal de 18 de agosto de 2015, traduzida pelo Valor Econômico e que faz uma síntese da escalada dos preços do metro quadrado nas principais capitais mundiais: NY, Londres, Los Angeles, Berlim e Sidney. O volume de transações financeiras também disparou principalmente nos EUA, onde saltou 36% em comparação com o mesmo período de 2014.

A matéria chama atenção principalmente para o aquecimento dos preços dos imóveis corporativos em função da alta liquidez financeira existente no sistema, como também a baixa remuneração do capital via títulos públicos.

Além disso, cita transações milionárias e bilionárias tanto nos EUA quanto na Europa e nÁsia, dando mostras de como o mercado está pujante, porém relativamente perigoso dependendo da intensidade dos juros americanos que podem trazer uma queda na atratividade ligada a um possível desaquecimento (embora esse não seja um cenário de curto prazo).

Gráfico retirado do www.valoreconomico.com.br

Gráfico retirado do www.valoreconomico.com.br

Sobre o Brasil, a matéria fala sobre como estamos na ponta inversa deste cenário, já que a vacância aumentou acentuadamente e pode até aumentar mais, dado que a atividade econômica não deverá reverter em curto prazo, ou seja, nos próximos dois anos.

Já em outra pequena matéria, do Estadão, encontramos o seguinte título: “Incorporadoras negociam ativos com fundos” e o subtítulo "Venda pode trazer fôlego financeiro às empresas incorporadoras; dólar valorizado torna imóveis baratos para investidor estrangeiro".

No meu artigo "Oportunidades de investimento no Brasil durante a crise" classifiquei a área de real estate como prioridade de oportunidade, principalmente para quem tem recursos em dólar. Também citei a possibilidade de repatriação pela anistia, que está para ser votada na Câmara. Acho até que alguns  investidores brasileiros, que estão desiludidos com o Brasil, podem repensar e reavaliar se vale a pena entrar em um mercado bastante aquecido como o americano e deixar de usar a Bala de Prata, que é a oportunidade do capital em um momento que o mercado imobiliário passa por dificuldades - principalmente por escassez  de crédito por causa do recuo da Caixa Econômica Federal.

As duas matérias (a do Valor e a do Estadão) estão bastante interessantes e ilustrativas. Por isso, acho que deveriam ser leituras obrigatórias.

Entre esses ganhos está a diminuição da corrupção com o advento da Operação Lava a Jato, que será um marco na nossa história, pois o país deixará de ser para poucos, onde só ganha dinheiro quem está no esquema da corrupção. A Lava a Jato está, consistentemente, mostrando que o Brasil mudou e está mudando para melhor.

Há ainda ganhos com o equilíbrio de poderes entre as principais instituições, exercitando a democracia, e politização da população. Nossos jovens passaram a acompanhar e se interessar pela política e a entender que o processo de mudança se faz pelo voto (não devemos eleger pessoas despreparadas e desqualificadas). As mobilizações de todas as classes nas passeatas de protesto, de forma organizada, tem ensinado e exercitado a convivência com a diferença de opiniões.

Finalmente há o ganho relacionado com o fato de o Executivo, a Câmara e o Senado estarem indo ao encontro da demanda das reformas estruturais e fiscais para que possamos sair deste enrosco. Em tempos normais, elestenderiam a deixar tudo como está e cuidar somente dos interesses partidários e com caráter eleitoreiro.

Na realidade, se não tivéssemos uma crise de problemas fiscais e econômicos, talvez ainda estivéssemos no país das maravilhas, pensando que éramos ricos e sérios.

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Finanças, Investimentos, Política
Crise e grandes oportunidades de investimentos
12 de agosto de 2015 at 13:14 1

post_blogdosaul12_08Ninguém ainda duvida que já convivemos com uma crise instalada, que obviamente começa a ser sentida em níveis diferenciados em todas as faixas de renda.

A tendência é a de que, de novo, haja uma distância maior entre a renda média de cada uma das classes sociais. Deverá ocorrer um retrocesso de 15 anos em alguns setores, mas devemos manter o principal, que é a continuidade democrática que nos protege e não deixa nenhum tipo de poder ter o domínio absoluto, como acontece em outros países da América Latina. Essa manutenção do estado democrático é fundamental para quem investe no país, pois aqui o Congresso legisla, o Senado aprova ou não e os tribunais funcionam. Além disso, outros poderes subordinados – como a Procuradoria e a Polícia Federal – não aceitam passivamente o controle do Executivo.

No campo das oportunidades de investimento e negócios, pode haver um momento bem promissor em alguns setores: a indústria de fusões e aquisições, por exemplo, deve voltar a ser muito ativa e será impulsionada pela restrição de crédito em todas as áreas.

É preciso evitar o pessimismo exagerado, que restringe a capacidade de olhar e analisar ativos que podem, num curto espaço de tempo, tornar-se grandes oportunidades de investimento.

Assim, é importante direcionar o foco. Inicialmente, é necessário lembrar-se de que as pessoas continuam a consumir para viver. Elas ainda têm necessidades de adquirir vestuário, trocar de carro, de moradia e até mesmo de investir para manter os negócios rentáveis ou aproveitar espaços de mercado que se abrem quando competidores com estruturas de gestão inadequadas e alto índice de alavancagem tornam-se inviáveis.

Um dos setores em que esse cenário se verifica é o imobiliário, justamente uma área em que o investidor pode se ancorar com menor risco institucional, já que estará lidando com ativos reais que, historicamente, têm um ciclo mais fácil de entender.

Além disso, com o advento da alienação fiduciária, estabeleceu-se uma estrutura de garantia que facilita a retomada do imóvel quando há inadimplência e que dá suporte para que a indústria não perca o giro de crédito mínimo que é necessário para o sistema como um todo rodar. Também é preciso considerar que sempre haverá preço para ativos estressados ou com renda ou via permuta, pois imóveis são ativos reais que servem de proteção de capital em tempos de inflação alta.

Caso o projeto de lei de repatriação de capital que está em tramitação no Congresso seja aprovado, o setor imobiliário deve ser o que mais capital vai atrair, aproveitando as oportunidades de preços para aquisição de todo tipo de imóvel. Para conseguir um reforço de caixa de R$ 20 bilhões neste ano, o governo federal anistiaria quem tem recursos não declarados fora do país na sua repatriação, mas ficaria com 35% (17,5% de Imposto de Renda e 17,5% de multa).

Seja como for, a avaliação de um bom negócio na área imobiliária tem como parâmetro o metro quadrado para construção, um valor que não deve cair muito, já que esses preços variam conforme a cotação do dólar – que tende a ser manter num patamar elevado -, além de sofrer influência dos preços administrados (energia, água etc) e dos insumos do mercado externo e interno (cimento e ferro, dentre outros).

Isso significa que o investidor deverá ter oportunidade de adquirir ativos por preços bem interessantes, principalmente se tiver possibilidade de repatriar reais em um momento de dólar em alta. Essa combinação pode resultar em descontos formidáveis!

Esse rol terá, ainda, setores que trabalham com a demanda ligada ao consumo de baixo valor agregado, pois quando começa o achatamento na renda da população via perda de poder aquisitivo e inflação, o usual é o nível e a qualidade do consumo caírem. Do filé para alcatra, do peito de frango para a asa, ocorre um downgrade nos hábitos do consumidor: ele não some, só migra.

Existem ainda os setores que devem ficar no final da fila, como, por exemplo, os de infraestrutura e óleo e gás. O primeiro, por questões estruturais, exceto no que se refere às concessões já realizadas de aeroportos, portos e rodovias em que o risco é bem menor. Já os grandes projetos de energia devem penar com o alto custo da burocracia brasileira que, ao contrário do que ocorre no setor imobiliário, foge a qualquer tipo de controle, dada a necessidade de uma série de licenças ambientais e de construção, entre outras, que dependem do emaranhado burocrático em que vivemos e que é incompatível com a realidade do país. A não ser que se criem condições de certificação de construção para que os projetos possam ser efetivados, é quase impossível ter bons resultados nesse segmento.

Naturalmente não se consideraram aqui opções óbvias, como aplicar em renda fixa e títulos pós-fixados indexados à inflação e dólar, que têm um movimento errático baseado em notícias políticas e no desenrolar da crise, de acordo com a deterioração ou melhora do ambiente econômico.

A renda variável também pode vir a apresentar algumas alternativas interessantes, mas depende mais do cenário político do que do econômico, já que fazer análises apenas com base nos balanços das empresas será bastante difícil.

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Política, Tecnologia
Todos pelo Uber
11 de agosto de 2015 at 14:38 1

post_blogdosaul11_08Outro dia, chegando ao Rio (cidade em que nasci), me deparei com uma greve dos taxistas e com um caos no aeroporto Santos Dumont pela falta de transporte. E, para variar, quem ficou prejudicado foi o usuário olhando aos guardas municipais que multavam os carros que pudessem tirar os passageiros do sufoco. Isso já se tornou uma rotina e desrespeito ao consumidor. O que mais me impressionou foi o apoio da Secretaria de Trânsito à greve e ao bloqueio de uma  das vias principais, o Aterro.

Dentro desta queda de braço mundial nas principais cidades onde o Uber atua, o problema é quase sempre o mesmo: culpar o sistema de livre arbítrio, de escolha do usuário por uma condução decentemente melhor.

O choque de mercado está chegando principalmente para as categorias que tem uma forte concentração de mercado: a categoria de táxis que, em sua maioria é de corporações e cooperativas, acaba sendo controlada de uma forma indireta.

Gostaria de entender por que é ruim o Uber, ou outra Companhia assemelhada, onde o motorista tem carteira profissional e paga seus impostos quando recebe a sua remuneração. Poder trabalhar e prestar um serviço melhor à comunidade é o que realmente deveria importar.

Se pensarmos comparativamente, é como os cartórios que só fazem da nossa vida um inferno burocrático. Nos  países que funcionam, eles não existem mais.

Acho que as autoridades do RJ deveriam, sim, se preocupar com a demanda da sociedade que gostaria de ter um serviço decente e seguro - coisa que não vemos muito aqui no Rio, e pensar que além disso o turismo para as Olimpíadas está batendo à porta. Não temos a categoria dos taxistas preparada, com um mínimo de inglês por exemplo, que é a língua universal. Talvez seja uma oportunidade para a prefeitura se acertar com a Uber e pedir que convoque gente mais qualificada na Olimpíada. Assim, acho que todos ganhamos com isso: a cidade e o cidadão.

O Rio de Janeiro, no próximo ano, terá oportunidade de ser a cidade mais visitada do país durante um curto espaço de tempo e, com certeza, o maior legado que poderá ficar será a inclusão do RJ no circuito turístico de qualidade. Não podemos esquecer que estamos com o dólar bem competitivo neste quesito e que a boa recepção do turista, sem dúvida, será a grande oportunidade da nossa cidade. Não é mais o óleo e o gás, nem a Petrobras, que continuarão a ser o principal vetor de crescimento. Precisamos que decidir rápido entre ser Barcelona ou Athenas, cidades que se encontram em situações completamente adversas pós Olimpíadas.

Tenho certeza de que o sistema de controle de mercado nunca foi o caminho adequado. O monopólio em qualquer setor prejudica o consumidor. Não é à toa que a empresa Uber vale 50 bi na principal bolsa mundial e, mesmo com todos os problemas enfrentados, faz sucesso nas principais cidades mundiais como Nova Iorque, Paris, Londres, Rio, SP e muitas outras. Greves e enfrentamentos como estamos vendo aqui no RJ, a apreensão de carros e multas como forma de intimidar o serviço é, no mínimo, controverso. A opinião da OAB é de que o serviço prestado pela Uber não é ilegal.

Mas sabe por que a empresa Uber tem esse valor? Primeiro porque quando os governantes tomam as dores das corporações e sindicatos, o sistema cresce com a maior demanda devido à publicidade. Foi assim em Nova Iorque, onde além de ser quase impossível controlar um aplicativo que tem como aliado o cidadão usuário, também  é uma tendência mundial dos novos tempos.

Não dá para simplesmente parar o sistema cibernético. Isso não é controlável ao longo do tempo. Grandes empresas como Xerox e IBM, que se adaptaram às investidas tecnológicas, conseguiram virar o jogo e é assim que imaginamos que a categoria dos taxistas deverá fazer para competir neste novo momento.

Então brigar não é o melhor caminho, mas sim saber usufruir da tecnologia para o bem da cidade. Bem vindo Uber!

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Câmbio, Investimentos, Política
Os novos tempos para o Brasil e o superávit fiscal
30 de julho de 2015 at 11:16 0

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O anúncio de renúncia em busca do superávit fiscal, feito na última semana pelo Ministro Joaquim Levy, praticamente posicionou a situação de deterioração das nossas contas e a impossibilidade de controlar e conseguir implementar reformas no legislativo e no Senado. Forças políticas se degladiam em um jogo de xadrez onde não sabemos quem serão os vencidos ou os vencedores. Mas uma coisa é certa: esse governo não tem capacidade de reverter o quadro econômico atual pois, somado à baixa popularidade, à falta de credibilidade e outros fatores como a Operação Lava Jato, criou-se um grau máximo de incerteza e insegurança não só à população como também de investimento necessário para o país rodar a contento. Enfim, qual o cenário mais provável deste jogo? Sinceramente não temos grandes certezas de quase nada, exceto de que teremos dólar alto em relação ao real e inflação igualmente alta. Do jeito que vai a economia real e o aumento do desemprego, é claro que a renda dos salários é impactada. É o cenário da tempestade perfeita. Sendo pessimista, eu diria que se nada mudar, esta é a visão mais realista. Mas onde poderíamos ancorar um possível cenário mais otimista? Em qualquer situação, o dólar continuará se valorizando, pois o BC só poderá contar com os juros e algumas políticas temporárias, como a repatriação de capital no exterior, podendo assim no curto prazo segurar as cotações - até porque mudaremos o viés da nossa política econômica que foi induzida ao mercado interno, baseada no crédito e consumo, sem considerar algum incentivo à poupança e maior proteção às indústrias. Agora, através da maior competitividade incentivada pelo câmbio apreciado e as nossas indústrias de modo geral, deverão ter de repensar a sua área de atuação mercadológica muito rapidamente e com um grau máximo de criatividade. Realmente as sinalizações não são nada animadoras, mas são nas crises que usamos todo nosso talento pessoal para superá-las. Sempre foi assim e não será desta vez diferente! O mercado, de modo geral (financeiro , industrial , infraestrutura, imobiliário), vinha trabalhando em um modelo de Investment Grade, em que trabalhava bem mais alavancado do que outras épocas. Para que tenham um entendimento melhor do que estou falando, é comparar a economia Argentina - onde seu parque industrial praticamente foi reduzido a um terço e, por razões do Default, praticamente a economia não tem hoje alavancagem, os imóveis são comprados à vista. Aqui, diferentemente, nós fomos para até trinta anos de financiamento, assim como tivemos prazos bem alongados em outros segmentos. O efeito dos mercados de crédito para desalavancagem são mais perversos do que os que não são. Por outro lado, temos um mercado financeiro bem saudável, que é bem controlado pelos órgãos reguladores, além de uma grande eficiência deste mercado e reconhecido no âmbito interno e internacional. Se tiver de escolher entre as possíveis saídas para este enrosco, diria que o fator de maior impacto, e que será relevante para os agentes econômicos internos e externos, é a recuperação da credibilidade institucional que, por uma via ou outra, poderá estar a caminho...
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Bolsa, Política
Saul Sabbá fala sobre o mercado e suas tendências em 2015
16 de abril de 2015 at 15:54 0
Leia abaixo a transcrição do vídeo do presidente do Banco Máxima, Saul Dutra Sabbá, falando sobre as tendências de mercado com relação à crise que ameaça o Brasil. “Primeiramente, um dos grandes desafios que teremos para 2015 são as grandes questões e as grandes perguntas, feitas muito mais do lado dos investidores e empresários que é: “A que tempo e o tamanho dessa crise que, ou se instalou ou está se instalando, e qual a dimensão disso tudo, para que as pessoas tenham um norte de como enxergar esta crise que se mistura com uma crise política, econômica, basicamente em todos os setores. Uma crise conjuntural, estrutural. Pode ser que 2008 esteja chegando para a gente. Já que ele não chegou na época de 2008. Chegar aqui e falar que vai ter uma crise e que ela vai ser difícil, é fácil. A grande questão dos mercados é sempre a palavra “quando”. Quando sai? quando entra? que intensidade? Isso é o que norteia as tendências da Bolsa, do dólar e dos juros. Em todos os mercados, agentes financeiros e empresas, trabalham com perspectivas e expectativas. E quando você não tem ou não consegue enxergar esse norte, as pessoas vão adentrando em uma zona muito cinzenta e difícil de fazer avaliações. Dado isso, o que podemos ter hoje em mente, é que temos uma série de fatores que podem atenuar e temos uma série de fatores que podem aprofundar essa crise. Chegando em uma situação mais crítica e dificilmente nenhum economista vai conseguir prever ou precificar. Os segmentos, de certa forma, hoje eu diria que quase 100% estão afetados. Setor petroquímico, setor de óleo-gás, setor de construção… Todos têm seu grau de afetação. Intensidades? Vão ser diferentes para cada um. Por exemplo, o setor de infraestrutura, vai ser um setor com grau de penalização muito grande, por exemplo. Eu acho que para falar de investimento, primeiro tem que falar de posicionamento. Aonde vai estar o investidor mais ou menos bem posicionado? Setor de construção civil, aonde que vai ser o maior grau de afetação? Possivelmente na área de crédito, que já tem uma tendência de escassear e você vai ter junto com isso o estoque de grandes incorporadores que tendem a forçar o preço para se livrar do estoque e fazer caixa. Com isso, tudo que a gente está começando a ver, certamente, começa a bater uma parte no desemprego, de certa forma, vai nos levar um pouco aqui no Brasil a ter uma lembrança. Mas não uma lembrança de um fato que nós não tivemos em 2008 e 2009. Em 2008, em seis meses já estávamos como muitos falaram, nadando de braçada e realmente, saímos muito rápido da crise. A crise, em si, pode ser muito pior se você tiver downgrade . Se você perder o investment grade do país, perder o investment grade da Petrobrás… É aí que você vai criando ondas cujos tamanhos possibilitam a mensuração da crise. E a profundidade que isso pode se formar no ambiente econômico, na retração do crédito e na formação de novos problemas que vão derivar de tudo isso. Como se proteger e que caminho tomar? Na realidade a gente tem muita ponta solta. Talvez trabalhar para ter uma previsibilidade de um ou dois anos ou simplesmente ser pessimista ou otimista demais, não é bom no sentido de que você vá de um lado perder a percepção das boas oportunidades, que constantemente aparecem nas crises e por outro lado você também não pode se embalar no “vai tudo melhorar” porque você é otimista. Temos na realidade que procurar esse ponto de equilíbrio e no lado macro, no lado que vemos como a política econômica será conduzida, isso infelizmente não está nas nossas mãos. O fator hoje que leva, botando pontos objetivos,  são os investimentos. Eu diria que você vai ter que se dirigir mais pelas empresas ligadas as exportações. Dado que existe uma expectativa muito maior do dólar se manter no nível ou possivelmente até vir a subir mais. Vai depender sempre dessas, vamos chamar, pontas soltas. No outro lado, no que se refere a dólar, nós vamos ter o aspecto principalmente a variável de governabilidade. Se o executivo começar a perder, efetivamente, o que a gente chama de governabilidade, quer dizer, não consegue fazer o que ele implementa, isso vai exacerbar o preço do dólar. Por fim, essas maneiras vão depender muito também da habilidade política da Presidente junto com a sua equipe de fazer atenuar este conjunto de coisas. Quer assistir ao vídeo do Saul Sabbá na íntegra? Acompanhe as redes: Facebook Saul Sabbá Twitter Saul Sabbá  
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Bolsa, Investimentos, Política
Economia e notícias
7 de abril de 2015 at 15:43 0
Que tal um blog que fale tudo sobre economia e notícias? E de uma maneira simples de entender? Pois é isso mesmo que vamos fazer. Fique de olho e descubra o mundo da economia. Além de economia e notícias, aqui você encontrará minhas opiniões, outros pontos de vista, debates, vídeos, comentários e sugestões sobre investimentos. Acompanhe!   Acompanhe também as minhas redes sociais: Facebook do Saul Sabba Twitter Saul Sabba  
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