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Política, Tecnologia
Decisão do CADE sobre Uber é vitória do consumidor
15 de dezembro de 2015 at 14:48 1

post_blogdosaulA divulgação de mais um estudo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, de que o Uber não concorre com outros aplicativos de táxis mostra uma tendência de ser favorável à permanência do aplicativo no país. Esta não é a primeira indicação de que o Conselho é favorável neste sentido; em outubro o próprio Cade fez um levantamento apontando que é positivo para o consumidor que haja esta concorrência.

O Cade é uma autarquia vinculada ao Ministério da Justiça e foi criado com a missão de zelar, fomentar e disseminar a cultura da livre concorrência no Brasil. De maneira prática, ele garante que os direitos do consumidor sejam respeitados, atacando o abuso do poder econômico, atuando de maneira eventual sobre situações concretas. Ser reativo, nesse caso, permite uma visão mais ampla sobre a conduta das partes envolvidas e sobre a percepção do consumidor sobre a situação. Ele vem analisando, especialmente, o efeito anticompetitivo dos agentes de mercado, o que gera distorções nos preços e nos serviços.

Sobre o Uber em si, já falei anteriormente: sou favorável não apenas ao serviço, mas ao que ele representa para o mercado. Quando os cidadãos se aliam por um objetivo, no caso a busca por um melhor serviço de transporte, é praticamente impossível o retrocesso. Em um estudo anterior, o Cade afirmou que o Uber não concorre com o sistema de táxis que temos hoje em razão de ser um “sistema superior”.

Nesse último estudo o comparativo foi feito com outros aplicativos semelhantes, mas utilizados pelo sistema de táxis atual, o 99Taxis e o Easy Taxi. Ao focar o estudo nos “concorrentes” do Uber – entre parênteses pois acredito que a concorrência, nesse caso, é mais pela facilidade em se conectar com a empresa do que com o serviço em si – ficou demonstrado ainda uma outra faceta que merece ser levada em consideração pelos opositores do Uber: a capacidade de se reciclar e acompanhar a mudança que a tecnologia e as novas gerações oferecem é essencial para a sobrevivência em um mercado cada vez mais exigente e competitivo. A facilidade no contato, gentileza e uma garrafa d'água são atrativos bem melhores do que a força bruta.

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Política, Tecnologia
Todos pelo Uber
11 de agosto de 2015 at 14:38 1

post_blogdosaul11_08Outro dia, chegando ao Rio (cidade em que nasci), me deparei com uma greve dos taxistas e com um caos no aeroporto Santos Dumont pela falta de transporte. E, para variar, quem ficou prejudicado foi o usuário olhando aos guardas municipais que multavam os carros que pudessem tirar os passageiros do sufoco. Isso já se tornou uma rotina e desrespeito ao consumidor. O que mais me impressionou foi o apoio da Secretaria de Trânsito à greve e ao bloqueio de uma  das vias principais, o Aterro.

Dentro desta queda de braço mundial nas principais cidades onde o Uber atua, o problema é quase sempre o mesmo: culpar o sistema de livre arbítrio, de escolha do usuário por uma condução decentemente melhor.

O choque de mercado está chegando principalmente para as categorias que tem uma forte concentração de mercado: a categoria de táxis que, em sua maioria é de corporações e cooperativas, acaba sendo controlada de uma forma indireta.

Gostaria de entender por que é ruim o Uber, ou outra Companhia assemelhada, onde o motorista tem carteira profissional e paga seus impostos quando recebe a sua remuneração. Poder trabalhar e prestar um serviço melhor à comunidade é o que realmente deveria importar.

Se pensarmos comparativamente, é como os cartórios que só fazem da nossa vida um inferno burocrático. Nos  países que funcionam, eles não existem mais.

Acho que as autoridades do RJ deveriam, sim, se preocupar com a demanda da sociedade que gostaria de ter um serviço decente e seguro - coisa que não vemos muito aqui no Rio, e pensar que além disso o turismo para as Olimpíadas está batendo à porta. Não temos a categoria dos taxistas preparada, com um mínimo de inglês por exemplo, que é a língua universal. Talvez seja uma oportunidade para a prefeitura se acertar com a Uber e pedir que convoque gente mais qualificada na Olimpíada. Assim, acho que todos ganhamos com isso: a cidade e o cidadão.

O Rio de Janeiro, no próximo ano, terá oportunidade de ser a cidade mais visitada do país durante um curto espaço de tempo e, com certeza, o maior legado que poderá ficar será a inclusão do RJ no circuito turístico de qualidade. Não podemos esquecer que estamos com o dólar bem competitivo neste quesito e que a boa recepção do turista, sem dúvida, será a grande oportunidade da nossa cidade. Não é mais o óleo e o gás, nem a Petrobras, que continuarão a ser o principal vetor de crescimento. Precisamos que decidir rápido entre ser Barcelona ou Athenas, cidades que se encontram em situações completamente adversas pós Olimpíadas.

Tenho certeza de que o sistema de controle de mercado nunca foi o caminho adequado. O monopólio em qualquer setor prejudica o consumidor. Não é à toa que a empresa Uber vale 50 bi na principal bolsa mundial e, mesmo com todos os problemas enfrentados, faz sucesso nas principais cidades mundiais como Nova Iorque, Paris, Londres, Rio, SP e muitas outras. Greves e enfrentamentos como estamos vendo aqui no RJ, a apreensão de carros e multas como forma de intimidar o serviço é, no mínimo, controverso. A opinião da OAB é de que o serviço prestado pela Uber não é ilegal.

Mas sabe por que a empresa Uber tem esse valor? Primeiro porque quando os governantes tomam as dores das corporações e sindicatos, o sistema cresce com a maior demanda devido à publicidade. Foi assim em Nova Iorque, onde além de ser quase impossível controlar um aplicativo que tem como aliado o cidadão usuário, também  é uma tendência mundial dos novos tempos.

Não dá para simplesmente parar o sistema cibernético. Isso não é controlável ao longo do tempo. Grandes empresas como Xerox e IBM, que se adaptaram às investidas tecnológicas, conseguiram virar o jogo e é assim que imaginamos que a categoria dos taxistas deverá fazer para competir neste novo momento.

Então brigar não é o melhor caminho, mas sim saber usufruir da tecnologia para o bem da cidade. Bem vindo Uber!

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