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Saul Dutra Sabbá

Bolsa, Câmbio, Finanças, Investimentos, Juros, Política
Inflação x Empresas
3 de novembro de 2015 at 17:44 0

inflação

Os jornais de hoje mais uma vez trazem a o cenário de como a crise política está afetando a economia brasileira. Segundo alguns especialistas, essa crise política afeta mais os mercados do que a crise econômica em si, já que a desconfiança se traduz em inflação no patamar de 10% e a taxa de câmbio no absurdo patamar de R$ 4,00.

Sobre a inflação as estimativas continuam a piorar, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC). O IPCA este ano subiu de 9,85% para 9,91%. Para 2016, avançou de 6,22% para 6,29%. O Banco Central prevê manter as taxas de juros estáveis em 14,25 pelo menos até julho/2016, apesar da alta da inflação. Já o mercado tem visto esses números como otimistas, acreditamos em uma alta maior do que a estimada pelo governo.

Por causa da inflação e da alta do dólar, muitas empresas estão extremamente endividadas e, para não quebrarem ou evitarem demissões, estão negociando rolagem nos pagamentos dos compromissos firmados com os bancos e o perdão no descumprimento de algumas cláusulas contratuais. As instituições financeiras, por sua vez, estão fazendo de tudo para evitar a inadimplência.

Já o preço do dólar é uma oportunidade para que investidores estrangeiros apostem no mercado nacional. Concordo com as opiniões de que o Brasil está muito barato, em termos de mercado, e investir agora no Brasil é ter a possibilidade de retorno muito alta.

As startups brasileiras de tecnologia, por exemplo, perderam em 4 vezes o poder de compra, entretanto o investimento em dólar está em apenas 1 quarto do que costumava ser. Acredito que os investidores que têm condições de aplicar no mercado brasileiro devem vir, dentro dos próprios critérios estabelecidos, pois quando a crise política se resolver, certamente todos nos beneficiaremos.

 
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Bolsa, Política
Saul Sabbá fala sobre o mercado e suas tendências em 2015
16 de abril de 2015 at 15:54 0
Leia abaixo a transcrição do vídeo do presidente do Banco Máxima, Saul Dutra Sabbá, falando sobre as tendências de mercado com relação à crise que ameaça o Brasil. “Primeiramente, um dos grandes desafios que teremos para 2015 são as grandes questões e as grandes perguntas, feitas muito mais do lado dos investidores e empresários que é: “A que tempo e o tamanho dessa crise que, ou se instalou ou está se instalando, e qual a dimensão disso tudo, para que as pessoas tenham um norte de como enxergar esta crise que se mistura com uma crise política, econômica, basicamente em todos os setores. Uma crise conjuntural, estrutural. Pode ser que 2008 esteja chegando para a gente. Já que ele não chegou na época de 2008. Chegar aqui e falar que vai ter uma crise e que ela vai ser difícil, é fácil. A grande questão dos mercados é sempre a palavra “quando”. Quando sai? quando entra? que intensidade? Isso é o que norteia as tendências da Bolsa, do dólar e dos juros. Em todos os mercados, agentes financeiros e empresas, trabalham com perspectivas e expectativas. E quando você não tem ou não consegue enxergar esse norte, as pessoas vão adentrando em uma zona muito cinzenta e difícil de fazer avaliações. Dado isso, o que podemos ter hoje em mente, é que temos uma série de fatores que podem atenuar e temos uma série de fatores que podem aprofundar essa crise. Chegando em uma situação mais crítica e dificilmente nenhum economista vai conseguir prever ou precificar. Os segmentos, de certa forma, hoje eu diria que quase 100% estão afetados. Setor petroquímico, setor de óleo-gás, setor de construção… Todos têm seu grau de afetação. Intensidades? Vão ser diferentes para cada um. Por exemplo, o setor de infraestrutura, vai ser um setor com grau de penalização muito grande, por exemplo. Eu acho que para falar de investimento, primeiro tem que falar de posicionamento. Aonde vai estar o investidor mais ou menos bem posicionado? Setor de construção civil, aonde que vai ser o maior grau de afetação? Possivelmente na área de crédito, que já tem uma tendência de escassear e você vai ter junto com isso o estoque de grandes incorporadores que tendem a forçar o preço para se livrar do estoque e fazer caixa. Com isso, tudo que a gente está começando a ver, certamente, começa a bater uma parte no desemprego, de certa forma, vai nos levar um pouco aqui no Brasil a ter uma lembrança. Mas não uma lembrança de um fato que nós não tivemos em 2008 e 2009. Em 2008, em seis meses já estávamos como muitos falaram, nadando de braçada e realmente, saímos muito rápido da crise. A crise, em si, pode ser muito pior se você tiver downgrade . Se você perder o investment grade do país, perder o investment grade da Petrobrás… É aí que você vai criando ondas cujos tamanhos possibilitam a mensuração da crise. E a profundidade que isso pode se formar no ambiente econômico, na retração do crédito e na formação de novos problemas que vão derivar de tudo isso. Como se proteger e que caminho tomar? Na realidade a gente tem muita ponta solta. Talvez trabalhar para ter uma previsibilidade de um ou dois anos ou simplesmente ser pessimista ou otimista demais, não é bom no sentido de que você vá de um lado perder a percepção das boas oportunidades, que constantemente aparecem nas crises e por outro lado você também não pode se embalar no “vai tudo melhorar” porque você é otimista. Temos na realidade que procurar esse ponto de equilíbrio e no lado macro, no lado que vemos como a política econômica será conduzida, isso infelizmente não está nas nossas mãos. O fator hoje que leva, botando pontos objetivos,  são os investimentos. Eu diria que você vai ter que se dirigir mais pelas empresas ligadas as exportações. Dado que existe uma expectativa muito maior do dólar se manter no nível ou possivelmente até vir a subir mais. Vai depender sempre dessas, vamos chamar, pontas soltas. No outro lado, no que se refere a dólar, nós vamos ter o aspecto principalmente a variável de governabilidade. Se o executivo começar a perder, efetivamente, o que a gente chama de governabilidade, quer dizer, não consegue fazer o que ele implementa, isso vai exacerbar o preço do dólar. Por fim, essas maneiras vão depender muito também da habilidade política da Presidente junto com a sua equipe de fazer atenuar este conjunto de coisas. Quer assistir ao vídeo do Saul Sabbá na íntegra? Acompanhe as redes: Facebook Saul Sabbá Twitter Saul Sabbá  
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