Ontem o mercado passou o dia na expectativa do anúncio da nova meta fiscal para 2017. Entre tantos acontecimentos, incluindo a renúncia do Eduardo Cunha da presidência da Câmara, tivemos enfim uma notícia animadora.
A equipe econômica do governo fixou a meta em um déficit de R$ 143 bi, que dependerá de um esforço grande para ser atingida. O simples fato dela ser menor que os R$ 170 bi de 2016 já nos causa um bom presságio de que as providências necessárias estão sendo tomadas.
O Ministro anunciou austeridade. A possibilidade de venda de ativos, concessões e outorgas, mais uma economia verdadeira nos gastos públicos traz ao mercado a confiança de que estamos no caminho da recuperação.
O déficit anunciado ainda é preocupante, porém se continuássemos no caminho do governo da presidente afastada, o déficit poderia chegar a R$ 270 bi.
Hoje uma outra notícia animadora foi a desaceleração da inflação, que começa a ir no caminho da meta estimada.
Portanto, se o governo continuar tendo vitórias sobre o núcleo político do Congresso, teremos a aprovação do Projeto de Lei Orçamentária em agosto. O receio de que fossem criados novos tributos ainda assombra a atividade econômica, mas o bom senso demonstrado pelo Ministro e sua equipe nos dá confiança de que não seremos taxados com novos tributos sem necessidade.
Avaliando a realidade e contando que o Congresso, debaixo dos olhos da população atenta, aprove as medidas necessárias, fecho esse artigo com a fala do Ministro Meirelles que é positiva e aponta que o Brasil está realmente na tendência do crescimento real:
“Estamos trabalhando para que possamos gerar um pequeno superávit em 2019. Existe a expectativa que, com a evolução desse quadro extremamente favorável das despesas do setor público e da evolução da confiança e do crescimento, acredito que é provável que já possamos mostrar o país com um superávit no ano de 2019”.
É mais importante que o mercado veja esse quadro de forma positiva, a fim de seguirmos nesta trajetória e recuperarmos o nosso país.