Mais do que uma palavra da moda, sustentabilidade é um conceito importante e que começou a ser definido e moldado da maneira como o conhecemos pela Comissão Mundial de Desenvolvimento e Meio Ambiente da ONU. Ficou definido que os países deveriam buscar o desenvolvimento sustentável, ou seja, deveriam ser capazes de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer as necessidades das gerações futuras e tinham de fazer isso de uma forma ecologicamente correta, economicamente viável, socialmente justa e culturalmente diversa.
Parece complicado, mas quando se pensa a longo prazo percebemos que ações predatórias colocam em risco não apenas o meio ambiente, mas a possibilidade de desenvolver uma economia que floresça. Preservar o meio ambiente, com ações que diminuam a desigualdade social, promova a riqueza e inclua as pessoas em suas especificidades é mais do que um discurso, é também uma marca que as empresas podem deixar na sociedade.
A mudança do mindset, ao pé da letra: mentalidade, no que se refere à implantação de um projeto de sustentabilidade é maior do que apenas trocar copos descartáveis por canecas. São muitas variáveis e o principal ganho é intangível, com a mudança da cultura da empresa sendo disseminada por seus funcionários e famílias. Ganha a comunidade. Só que um negócio precisa de indicadores precisos que possam ser apresentados nas mesas de reunião e na captação de investidores.
Desde 1999 o Índice Dow Jones de Sustentabilidade avalia a performance financeira e de sustentabilidade das empresas que o integram. Ligado à Bolsa de NY, esse índice demonstra quais empresas são capazes de gerar valor a longo prazo através do cumprimento de requisitos predeterminados que passam por todas as áreas da empresa. A Bovespa também possui um índice semelhante desde 2005 (ISE- Índice de Sustentabilidade Empresarial) que, atualmente, é composto por 30 empresas avaliadas através de um questionário desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas.
Além das vantagens óbvias em apoiar a utilização racional de recursos da empresa, como a diminuição de gastos com água, energia, materiais de consumo e outros, a tendência mundial é que organizações que invistam em sustentabilidade tenham vantagens em linhas de crédito específicas – realidade já no Banco do Nordeste e no BNDES. Os papéis dessas empresas também costumam ter um bom rendimento e são estáveis, mesmo em época de crise.
Identificar novas oportunidades de negócios, com ética e olhar para o futuro, é uma realidade ainda desconhecida por muitos, infelizmente. É possível adotar medidas práticas que tenham impacto positivo na comunidade empresarial e que favoreçam o desenvolvimento da sociedade como um todo.
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